O projeto Alfaletrando com as Aves, realizado pela Associação Cairuçu, através do Projeto Aves da Minha Escola, em parceria com a Secretaria de Educação de Paraty, com apoio do instituto humanize, continua mobilizando educadores das escolas públicas do município para promover a alfabetização e o letramento a partir do conhecimento sobre as aves regionais.
Iniciativas inovadoras e criativas dos educadores foram apresentadas durante a terceira oficinapara professores, realizada no dia 7 de julho, no colégio CEMBRA. As iniciativas que surgiram tiveram como base nas ferramentas pedagógicas fornecidas pela parceria (um alfabeto ilustrado, um bingo de aves e um manual virtual para auxiliar na aplicação).
Desenhos, poemas, frases e textos coletivos, confecções de pássaros, árvores e ninhos foram sucesso em muitas escolas da rede. Repetiu-se nos depoimentos a percepção do crescimento do interesse das crianças pelas aves, muitas delas passaram, inclusive, a observar as espécies presentes nos arredores da escola e a identificá-las a partir do abecedário pendurado nas paredes das salas de aula.
Educadores dão asas à criatividade no desenvolvimento de práticas pedagógicas
Com a atividade Janela Criativa, a professora Débora Lara, da E.M José Carlos Porto, no bairro Taquari, por exemplo, propôs aos seus alunos a observação dos pássaros para a criação de textos e ilustrações.
Já a professora Renata Conceição, da E.M. Cilencina Rubem de Oliveira Mello, do bairro Barra Grande, emocionou a todos com seu depoimento e a apresentação dos alunos do 3º ano. A turma cantou a música “As Andorinhas”, composição da década de 70 do grupo sertanejo Trio Parada Dura, que marcou a infância da educadora. Os versos dizem: “Uma andorinha voando sozinha não faz verão…”, e o que percebemos é justamente a formação de “bandos” em nossas escolas, todos juntos com o objetivo de qualificar o processo de alfaletramento para as crianças paratienses. Também na Barra Grande, a professora Valéria deu inicio a atividades unindo pássaros e a linguagem de sinais.
Voando até o continente africano: ancestralidade e educação antirracista
Ao final do encontro, Sylvia Junghähnel, coordenadora dos projetos Aves da Minha Escola e Aves da Minha Comunidade, compartilhou informações e curiosidades sobre as aves do continente africano, mostrando que é possível desenvolver um trabalho relacionando as aves aos temas africanidade e antirracismo, que estão sendo trabalhados este ano pelas escolas da rede pública.
Para finalizar, Sylvia deixou uma mensagem sobre a capacidade de sonhar, nas palavras da poetisa Elisa Pereira: “O que me atrai nos pássaros são as asas.”
Essas são apenas algumas das iniciativas que estão sendo realizadas com dedicação e criatividade pelos professores do município. Nosso desejo é que esse projeto voe alto e continue inspirando educadores e crianças por aí!
